O cargueiro português Sines estava de regresso a Lisboa depois e uma viagem a Filadélfia quando, às duas horas do dia 14 de março de 1943, avistaram sinais luminosos feitos por quatro baleeiras que tinham pertencido ao cargueiro americano Keystone, afundado horas antes pelo U-172.

Entre os 71 náufragos dois tinham fracturas nas pernas e outros contusões de menor gravidade. Todos receberam tratamento médico a bordo, mas alguns estavam em situação tão grave que o conselho de oficiais decidiu fazer um desvio até ao porto mais próximo para receberem os cuidados necessários. A 16, às 10 da manhã, foram desembarcados na Horta, nos Açores, onde eram esperados pelo médico portuário, por pessoal da Cruz Vermelha, pelo capitão de porto e pelo vice-cônsul americano na ilha.

No percurso entre a Horta e Lisboa o Sines encontraria ainda quatro cadáveres a boiar em avançado estado de decomposição e que seriam originários de outro naufrágio.

O Keystone abandonou o comboio UG.6 com problemas nas máquinas. No dia 12 de março ainda contou com a escolta de um contratorpedeiro, mas quando começou a ficar muito para trás o navio de guerra teve de regressar ao comboio. Na noite de 13 foi alvo de dois torpedos disparados pelo U-172. Dois homens morreram na explosão e os restantes salvaram-se nos quatro salva-vidas encontrados pelo Sines.

Carlos Guerreiro