Manuel, António

 

 

Civil a viver em França

Local de nascimento – Colomeses (?)
Data de nascimento – 12/01/1894

Data de falecimento – 09/08/1944 
Pai –Manuel (?)
Mãe –Maria Rosa

Monumento que recorda o massacre em que morreu Antonio Manuel  <br /> <span style="font-size: x-small">(Foto: Office de Tourisme Pays de Langres)</span>

Monumento que recorda o massacre em que morreu Antonio Manuel
(Foto: Office de Tourisme Pays de Langres)

António Manuel foi uma das dezassete vítimas civis de um massacre levado a cabo por tropas pára-quedistas SS alemãs a 9 de Agosto de 1944. Um acto de vingança na sequência de um acto de sabotagem que causou o descarrilamento do comboio onde seguiam os militares.

A explosão, de pequena envergadura, aconteceu por volta das 21 horas à passagem da locomotiva e das carruagens que transportavam cerca de 150 pára-quedistas SS. Não se registaram feridos no comboio, mas duas carruagens descarrilaram.

Os militares sairam do comboio e cercaram uma quinta próxima onde apenas se encontravam mulheres, crianças e alguns trabalhadores. Vários homens foram mortos e as mulheres feitas reféns, enquanto a casa, os anexos e outros equipamentos eram destruídos e incendiados.

O português não era trabalhador na quinta e estaria de regresso a casa depois de um dia trabalho noutro local. É possível que tenha passado perto de mais ou que ouvindo as explosões e as chamas na quinta tenha acorrido para ajudar. Apanhado pelos nazis com foi alinhado contra um talude e fuzilado. Com ele, no mesmo local e nas mesmas circunstâncias, morreram outros três franceses.

Na cidade mais próxima, Saint-Broingt-les-Fosses, 50 quilómetros a norte de Dijon, a população ouviu não só as explosões como assistiu ao propagar das chamas, mas temendo as represálias dos alemães maioria nada fez.

O dono da quinta estava na cidade e recebeu um telefonema da mulher para não regressar, mas fê-lo na mesma acompanhado de outros trabalhadores. Foram mortos e fotografados com faixas da Forças Francesas Livres nos braços. Terá sido uma forma de justificar o massacre já que a resistência assegurou mais tarde que nenhum daqueles homens fazia parte do seu movimento.

Horas depois de terem começado os fogos um grupo de homens avançou para a quinta com o objectivo de prestar alguma ajuda, mas foram interceptados pelos alemães que mataram alguns e fizeram outros reféns.

Os soldados avançaram depois para a aldeia de Prauthoy onde desarmaram a polícia local e aterrorizaram os moradores. Só no dia seguinte, depois do meio dia voltaram a embarcara no comboio e continuaram a viagem, deixando para trás um rastro de destruição e vários mortos.

António Manuel (Antonio Manoel como surge na documentação francesa) está sepultado com os demais junto ao talude onde foi fuzilado e o seu nome é recordado no monumento que assinala o massacre construído no mesmo local.

Não foi possível confirmar o local de nascimento de António Manuel já que não foi possível assinalar nenhuma localidade em Portugal com o nome de Colomeses. O mais próximo que foi possível eco encontrar foi a aldeia do Colmeal, no município de Figueira de Castelo Rodrigo. Se tiver outras sugestões agradeço o envio de um e-mail. A ligação está no fundo desta página.

Carlos Guerreiro