Beaufort (DW980) aterrou em Sagres

Data

Local

Força

Avião

 

Origem-Destino

 

Tripulação

02-10-1943

Sagres

RAF   1OADU

Bristol Beaufort I      DW980

 

 

 

F/Sgt.   Wilfred James Collier             GB

F/Sgt.   Rutherford Gale                     Austrália

Sgt.     Joseph Louis Antonio               GB

Sgt.     John Walker                             GB




No dia 2 de Outubro de 1943, pelas 16 horas, aterrou no sítio de Peniche (possivelmente Beliche), próximo de Sagres, um bombardeiro Bristol Beaufort, devido à falta de combustível ou avaria de motor. Os quatro tripulantes saíram ilesos e foram conduzidos ao hotel de Sagres, por ordem do comandante interino da 5.ª Companhia da Guarda-Fiscal, o tenente Joaquim Dores.

A primeira informação sobre a aterragem foi dada ao Ministério da Guerra em telegrama enviado pelo comandante da secção de Lagos da Guarda-Fiscal, tenente Basílio Marreiros.

A 3 de Outubro, pelas 13 horas, apresentou-se no comando da secção da Guarda-Fiscal de Lagos o tenente Armando Correia Mera, da Base Aérea n.º 1, para proceder ao interrogatório da tripulação e avaliar as condições em que se encontrava o aparelho.

No relatório posterior este oficial refere que o avião se encontrava guardado por praças da Guarda-Fiscal e que apresentava estragos na parte inferior da fuselagem, no trem de aterragem e nas hélices, pelo facto de ter poisado com o trem recolhido.

No interior verificou que o rádio estava destruído, apurando, durante o interrogatório, que tinha sido um dos elementos da tripulação, com golpes de machado, o responsável. O armamento – duas torres duplas de metralhadoras e mais duas metralhadoras de reserva – encontrava-se em perfeitas condições; foi descarregado e transportado, com as respetivas munições, para a Base Aérea n.º 1, juntamente «com outro material considerado de mais delicada conservação».

Os tripulantes recusaram-se a indicar a proveniência e o destino do avião.

O tenente Mera refere ainda a pouca probabilidade de o avião poder voar sem substanciais reparações.

A comunicação inicial da Guarda-Fiscal assegurava que a causa da aterragem forçada fora a falta de combustível, mas uma peritagem posterior apurou que esta teria sido motivada por uma avaria no motor direito.

De acordo com as informações recebidas do chefe do posto da Guarda-Fiscal de Sagres, a tripulação, após retirar os seus bens pessoais, tentou ainda incendiar o aparelho, sendo impedida de o fazer pelos soldados que tinham acorrido ao local.

No dia 4 de Outubro, o comandante da 4.ª Região Militar autorizou o comandante militar de Lagos a levar os aviadores para aquela cidade, ficando estes às ordens da PVDE. Nesse mesmo dia seguiram para as Caldas da Rainha, onde ficaram internados.

Fontes:
* Informação enviada por by D. Smith
* Livro "A batalha de Aljezur" de José Augusto Rodrigues
* José Augusto Rodrigues